Os exames de proficiência em inglês são muito conhecidos, mas você sabia que outros idiomas também pedem uma comprovação do seu nível de conhecimento da língua? Hoje vamos falar um pouco sobre os exames de proficiência de outros idiomas.
Espanhol
Para o espanhol, existem dois exames de proficiência principais: o DELE e o SIELE.
DELE
O DELE, Diplomas de Español como Lengua Extranjera, é o exame de proficiência oficial do Ministério da Educação e da Ciência da Espanha. Possui validade indeterminada e era o único exame de proficiência em língua espanhola até 2015, quando surgiu o SIELE. O DELE conta com seis provas diferentes para avaliar os diversos níveis de fluência, do A1 ao C2, como acontece no inglês.
A prova é também dividida entre as quatro habilidades: compreensão de texto, compreensão auditiva, produção escrita e produção oral. O resultado é aprovação ou reprovação. Por exemplo, se você se inscreve para o nível A2 e não alcança a nota necessária, você não recebe um certificado do nível A1, você é reprovado e deve fazer a prova novamente.
SIELE
O SIELE foi desenvolvido em 2015, mas só começou a ser aplicado em 2016. A prova é uma parceria entre Espanha e México, avaliando as variantes da língua. Este exame também aborda as quatro competências (leitura, audição, escrita e oral) e tem validade de dois anos. Porém, no SIELE, o candidato pode escolher quais competências quer testar, não precisando fazer as quatro provas.
Como escolher?
Da mesma forma que acontece nos exames da língua inglesa, decidir qual exame de proficiência você vai realizar depende dos seus objetivos. Em geral as próprias universidades apontam qual exame e qual nota é exigida para a candidatura. No caso de intercâmbios curtos, pode não ser exigido nenhum certificado, mas é sempre bom confirmar. As duas provas têm datas específicas de aplicação, então é importante verificar tudo com antecedência para não perder o dia da prova.
Francês
No francês, existem também dois exames de proficiência, o DELF (Diploma de Estudos de Língua Francesa) e o DALF (Diploma Aprofundado de Língua Francesa). A certificação é fornecida pelo Ministério Francês da Educação e o resultado é vitalício. Os exames são aplicados duas vezes ao ano, uma em cada semestre. Aqui no Brasil, a instituição que aplica a prova é a Aliança Francesa. A principal diferença entre as provas é o nível de conhecimento que elas testam, seguindo também o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (CEFRL): níveis A1, A2, B1, B2, C1 e C2. Lembrando que a prova também vale para outros países que falam francês, como o Canadá e a Bélgica.
DELF
O DELF é o diploma que vai do nível A1 ao B2. Para estudar, por exemplo, em uma universidade francesa, você deve ser aprovado no nível B2 para entrar no primeiro ano do curso. Alguns concursos públicos em outros países também podem exigir uma nota mínima nesses exames. As provas avaliam as quatro habilidades, dividindo a pontuação igualmente entre: leitura (25 pontos), escrita (25 pontos), fala (25 pontos) e escuta (25 pontos). A duração da prova varia e aumenta conforme o nível de proficiência:
- DELF A1: 1 hora e 20 minutos
- DELF A2: 1 hora e 40 minutos
- DELF B1: 1 hora 45 minutos
- DELF B2: 2 horas e 30 minutos
DALF
O DALF é o diploma que avalia os níveis C1 e C2. Ele é o exame mais indicado para quem quer fazer um curso superior ou de pós-graduação, mestrado ou doutorado em francês, seja na França ou em outro país falante da língua. Este também é o exame de proficiência indicado para quem busca uma oportunidade de emprego em grandes empresas privadas ou públicas que falem francês, como é muito comum na Suíça, por exemplo.
O exame do nível C1 segue a mesma premissa dos exames do DELF, com o mesmo formato e pontuação da prova, mas com uma duração de 4 horas. Já o exame do nível C2 tem uma outra divisão. A prova combina a avaliação de leitura e escrita em uma prova, e de fala e escuta em outra prova, ambas valendo 50 pontos. Essa prova tem, em média, uma duração de 3 horas e 30 minutos.
Italiano
Para o italiano, também existem dois exames de proficiência: o CELI (Certificado di Conoscenza della Lingua Italiana) e o CILS (Certificazione di Italiano come Lingua Strangiera), ambos certificados pelo governo. É importante ressaltar que, no caso da Itália, a comprovação de conhecimento do idioma também é exigida para os descendentes que querem tirar a cidadania italiana.
CELI
O CELI é oferecido pela Universidade para Estrangeiros de Perugia (Università per Stranieri di Periugia) e reconhecida pelo Ministério de Relações Exteriores. A prova tem seis níveis, o CELI IMPATTO, que é o equivalente ao nível A1 do Quadro Comum Europeu de Referência, e os CELI 1, 2, 3, 4, e 5, que são, respectivamente, equivalentes aos níveis A2, B1, B2, C1 e C2. As provas avaliam as competências de acordo com a seguinte divisão:
- CELI IMPATTO: escrita: 1h15min; pronúncia: 5 a 6min
- CELI 1: escrita: 2h; compreensão oral: 20min; fala: 8 a 10min
- CELI 2: escrita:3h40min ; compreensão oral: 20min; fala: 10 a 12min
- CELI 3: escrita: 2h15min; compreensão oral: 25min; competência linguística: 45min; fala: 15min
- CELI 4: escrita: 2h45min; compreensão oral: 25min; competência linguística: 1h15min; fala: 18 a 20min
- CELI 5: escrita: 2h45min; compreensão oral: 30min; competência linguística: 1h15min; fala: 20min
As provas podem ser feitas três vezes ao ano: março, junho e novembro. O ideal é sempre verificar com a instituição quando o exame estará disponível.
CILS
O CILS também avalia o conhecimento em todos os níveis do Quadro Comum Europeu de Referência. A prova é realizada pela Universidade para Estrangeiros de Siena e também é reconhecida pelo Ministério de Relações Exteriores. Esse exame de proficiência é ideal para quem quer estudar e trabalhar na Itália. Todos os níveis do exame avaliam as quatro competências, dividida em duas partes: parte escrita (leitura e escrita) e parte oral (compreensão e expressão). Os níveis A1 e A2 tem uma pontuação de 60 pontos e os níveis B1 a C2 valem 100 pontos.
- CILS A1: parte escrita: 1h45min a 2h15min; parte oral: 10min
- CILS A2: parte escrita: 2h05min a 2h45min; parte oral: 10min
- CILS UNO B1: parte escrita: 3h40min; parte oral: 10min
- CILS DUE B2: parte escrita: 3h45min; parte oral: 10min
- CILS TRE C1: parte escrita: 4h40min; parte oral: 15min
- CILS QUATTRO C2: parte escrita: 3h45min; parte oral: 15min
A prova só pode ser feita duas vezes ao ano: em junho e em dezembro. Para garantir sua vaga é preciso se inscrever com 3 a 4 meses de antecedência. O resultado fica disponível cerca de três meses depois da realização da prova.
Exame de proficiência de outros idiomas
Outros idiomas que também são muito procurados nos cursos e possuem exames de proficiência reconhecidos são o Alemão, o Mandarim e o Japonês.
Alemão – Goethe-Zertifikat
Os exames de proficiência em alemão são conhecidos como Goethe-Zertifikat, e aplicados no Brasil pelo Goethe Institut. São 11 avaliações que medem a proficiência dos níveis A1 ao C2. A prova fica disponível duas vezes ao ano, então é importante consultar o Goethe Institut para conferir a próxima data disponível e qual exame você deve fazer, a partir do seu objetivo.
Mandarim – HSK
O HSK é um exame de proficiência que conta com seis níveis de avaliação, sendo 150 “hanzis” (caracteres chineses) para o nível I e 5 mil para o nível VI. Aqui no Brasil, o Instituto Confúcio é o único órgão autorizado pelo governo da China a aplicar a prova e sua versão para adolescentes, o YCT. As datas de aplicação variam de acordo com o local de realização da prova. É importante ressaltar também, que para ingressar em cursos que são oferecidos aos estrangeiros na China, o que eles pedem é o certificado de proficiência em inglês, porém o de mandarim pode ser um grande diferencial no currículo.
Japonês – JLTP
Para o japonês, o principal exame de proficiência é o JLPT (Japanese Language Proficiency Test), que avalia o conhecimento em cinco níveis: N5 (mais baixo) a N1 (mais alto). Para saber qual nível da prova você deve se candidatar, é preciso saber qual o número de kanjis (ideogramas) que o estudante domina. Para o N5 é preciso conhecer cerca de 100 kanjis, enquanto para o N1 se espera o conhecimento de 2.000 kanjis, o que seria cerca de 10 mil palavras. No Brasil a prova é aplicada pelo Centro Brasileiro de Língua Japonesa.
Porque fazer os exames de proficiência?
Como já foi dito nos outros textos, para ter oportunidades no exterior, seja em intercâmbios para estudo ou oportunidades de trabalho, você precisa ter um conhecimento mínimo da língua do país para onde você deseja ir. O mais importante é que você se informe no site da universidade para a qual você quer se candidatar sobre qual o exame e qual o nível exigido pela instituição. A partir daí você começa sua jornada rumo à certificação.
A escolha da escola de idiomas
O seu sucesso depende muito da qualidade do seu estudo. Um bom aluno tem mais chances de se dar bem nas provas, mas para isso você precisa ser bem preparado. Por isso, na hora de escolher onde estudar, dê preferência para escolas que, assim como a Change, utilizam as referências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (CEFRL) em sua metodologia.